A história do Pato Amarelo
Ele surgiu em 2015 e incorporou-se, no ano seguinte, aos protestos que pediam o impeachment de Dilma Rousseff. “Não vou pagar o pato” era o seu mote. Se os seus genitores, que o olhavam de cima do prédio da FIESP, na Avenida Paulista, provavelmente não pagaram o pato, o mesmo não se pode dizer de muitos que o rodeavam lá embaixo, no asfalto. A reforma da previdência, o teto de gastos e inúmeros cortes orçamentários não impediram que o Brasil apresentasse, a partir do ano em que o pato nasceu, e em todos os demais até aqui, seguidos déficits fiscais, e a conta que já estava salgada mais que duplicou no ano de 2020 (em razão da pandemia de Covid-19) gerando um saldo negativo acumulado de mais de R$ 1,3 trilhão. Mas, voltando à sua gênese, a bronca da ave não era, no particular, com a presidenta. O pato foi o símbolo de uma campanha contra o aumento de impostos, em especial contra a volta da CPMF. No que, aliás, foi bem-sucedido. Já naquele ano se antevia um rombo nas contas públi...