O pato ataca novamente
O pato-amarelismo voltou a dar as caras nas últimas semanas. Depois do choque inicial, cada novidade na tramitação da chamada “PEC dos Precatórios” era recebida com alívio no mercado financeiro, com direito a picos no Ibovespa mesmo diante de cenário externo ruim e outras notícias nada alvissareiras. “Dos males o menor” virou lugar-comum nos comentários especializados. Isso porque, dentre as várias soluções que o Governo poderia encontrar para abrir o tal espaço fiscal, o recálculo do teto de gastos foi visto como preferível à sua extinção ou desconsideração. E a criação de um teto para pagamento de precatórios – valores devidos por força de decisão judicial transitada em julgado – foi vista como preferível a ... a que mesmo? Chegaremos lá. Ao estabelecer o teto dos precatórios, a PEC resulta na postergação do pagamento de parte deles, ou seja, um calote. A regra geral diz que os precatórios expedidos até 1º de julho devem ser pagos no ano seguinte e os expedidos após essa ...